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Monday, 20 July 2009

Dormindo no ponto.

Fala galera boa!!!

Andei meio sumida, fora de órbita porque tenho tido muitas coisas para fazer. E por eu estar muito ocupada minha inspiração resolveu se rebelar e sair por aí sem lenço, sem documento. Acho que ela foi dar umas voltinhas na Europa... Enfim fiquei só. Cheguei até comentar por email com o nosso querido Pedro Dias. Ele respondeu o seguinte:

“Bom dia Barbara,

desculpe a demora na resposta, fiquei um tempo se internet e por isto houve um atraso nas publicações. Não se preocupe mesmo com as datas dos textos. Fique a vontade para enviá-los quando achar melhor e sentir-se inspirada, como disse não há pressão nenhuma quanto às datas, este é um espaço seu e você pode usá-lo como achar melhor.”

... Em outras palavras: “relaxa e goza porque desespero não adianta.” Sendo assim, deixei o barco correr. Algumas tattoos, mais uns toquinhos e eu, curtindo os altos e baixos da vida de uma tatuadora. Cara! To me sentindo, Mané!

Por falar em vida de tatuador, altos e baixos, etc. Hoje eu estou aqui para vos falar sobre um caso que obviamente todos já conhecem. É o caso de uma menina jovem européia que devia estar sem dormir desde que nasceu e acabou tirando um cochilo bem na hora que o tatuador esquisitão Rouslan Tounamiantz de Bruxelas, começou a fazer três estrelas no rosto da Jovem. Quando ele começou a tatuar a 3ª ponta da 1ª estrelinha, ela apagou. Ele deve ter achado tão bunitinho ela tirar uma nenéca bem na hora em que ele estava com a máquina FURANDO o ROSTO da mesma em uma velocidade bem... Mas bem... Quando eu digo bem mais, eu quero dizer muito mais mesmo. Bem mais alta que a velocidade, 5 do creu. (Oh, galera nem vem, ta! Até quem não gosta de funk sabe muito bem do que eu estou falando.) Mas voltando às constelações, ele achou bubitinho aquela cena que resolveu presenteá-la com mais, 53 estrelinhas totalizando, 56.

Mas como ela quando despertou não gostou muito, mandou o cão de que aquilo era tudo um sonho da cabeça de Rouslan que não queria as 56 estrelinhas (Detalhe: Ela e quem dormiu mas o foi do tatuador) ficou furiosa e foi chorar no colo do papai e da mamãe e os pais obviamente foram tomar as devidas providências para proteger a filha indefesa. Moral da história: Não se iludam, pois mesmo com gerações indo e vindo ainda existem pais e pessoas idiotas que se deixam enganar e acreditam em histórias como essas, contadas por fedelhos que se acham só por que fazem 18 anos mas que ainda recebem mesadas e não sabem o que é ter que trabalhar para poder viver.

Raciocinem comigo: Como uma pessoa vai dormir tomando milhares de agulhadas no meio da lata? Mesmo que não doa, o barulho perto do ouvido se não for ensurdecedor é no mínimo irritante. Óbvio que isso foi o maior caô desta “Jovem” ( Sim pessoas, eu xinguei agora nessas aspas).

Dias depois ela desmentiu a própria história, confirmando a versão de Rouslan o tatuador. Ela pediu as 56 estrelas e contou essa história ao pai quando ele viu e deu um faniquito com ela. Isso foi realmente uma prova da inexperiência e imaturidade de nossa amiga Kimberley Vlaminck. Se tivesse pesquisado antes, iria saber que reza a lenda no mundo da tattoo, que devemos sempre ter um número ímpar de tattoos no corpo. Ex.: 1,3,5,7,... Ter número par não é bom. Errou por uma. E se fosse mais longe na pesquisa, saberia que seria uma boa idéia se fossem 51. ;-)

Bárbara Sylvia - Mega Wartz

Bárbara Sylvia - barbara.sylvia@yahoo.com.br
Mega Wartz Tattoo - R. Joaquim Silva, 24 Lapa / R. do Riachuelo, 224, B. de Fátima / (21) 2509-4401 e 2221-9656

Monday, 1 June 2009

O “Q à mais” das convenções!

As convenções e exposições de tatuagens têm crescido muito nos últimos tempos. Estes eventos reúnem tatuadores de vários lugares diferentes com a finalidade de cada um mostrar seus talentos, trocar experiências, conhecer técnicas novas e é claro participar das competições. Ah, sim! As competições. Devo dizer que o tatuador (homens e mulheres) é um bicho muito estranho (ou não) eles ficam loucos, estressados, apertados em todos os sentidos. Apertados de tempo e de grana, correm o risco de serem sacaneados na hora do julgamento, ficam muitas vezes a base de sanduíches superfaturados e refrigerantes e quando menos eles esperam, passam por situações bizarras, tipo: homens e mulheres dividindo o mesmo banheiro. Acreditem, eu já presenciei isso. Ou voltar pro quarto do hotel para tatuar porque o local da convenção é muito quente e impraticável para tatuar. Mas mesmo com todas essas dificuldades e outras que não me recordo agora, eles estão lá, firmes e fortes. Sempre demonstrando o amor pela arte da Tattoo. Porque vamos combinar né, galera? Só com muito amor no coração para querer passar por tudo isso mais de uma vez ao ano.

A vontade de mostrar seus trabalhos, 99% das vezes obras primas, colocando-os para uma disputa, e serem contemplados com elogios e prêmios, não tem preço. Em convenções troca–se idéias, experiências, conhece-se pessoas de diferentes lugares e diferentes costumes, compartilha–se as próprias diferenças e costumes. E toda essa fuzarca e loucura frenética fazem com que as convenções tenham esse “Q à +” que viciam os tatuadores profissionais e visitantes. Eu que já participei como visitante e torcedora, sempre presenciei os preparativos pra convenção da maioria delas por conta da Mega Wartz, e sei bem do que estou falando. Os caras realmente desejam ser aquele polvo que eu tinha mencionado no texto anterior. Mas se viram com a condição de seres humanos destros (ah sim, ninguém lá na Mega é canhoto) para conceguir participar desses encontros de grandes artistas.

E esses encontros dos Picassos e Salvadores Dalís da tatuagem fazem valer a pena todas as dificuldades e perrengues encontrados no caminho.

Bárbara Sylvia - Mega Wartz

Bárbara Sylvia - barbara.sylvia@yahoo.com.br
Mega Wartz Tattoo - R. Joaquim Silva, 24 Lapa / R. do Riachuelo, 224, B. de Fátima / (21) 2509-4401 e 2221-9656

Monday, 11 May 2009

Por Bárbara, Os primeiros "tocos"

Os primeiros "tocos"

Eu me chamo Bárbara Sylvia, tenho vinte e poucos anos – os detalhes da idade eu considero desnecessários – e estou a mais ou menos, 7 meses tentando ingressar na profissão de tatuadora por influência de meu irmão, minha cunhada e outros tatuadores que me incentivaram. Já comecei a fazer alguns “riscos” e ainda divido o meu tempo entre um trabalho de carteira assinada em uma recepção de um albergue pra lá de estressante e divertido em Copacabana, uma faculdade que já não me motiva tanto quanto antes para eu poder tatuar. Não fiz muitos trabalhos ainda, mas, o pouco que já fiz deu pra sentir o que é a vida de um tatuador. Como todo bom iniciante, fico empolgadíssima com os trabalhos que faço. Essa empolgação se dá antes, durante e depois, e eu adoro mais ainda quando os meus amigos e conhecidos falam: "Caramba, ficou muito bom, eu quero uma também!" ou " Você pode fazer a minha quando?” Ai ferrou. Me sinto um pavão. Afinal, existem vários artistas muitos bons e experientes que eles podem recorrer para fazer uma boa tattoo. Ai ferrou. Um pavão querendo ser um polvo para poder conseguir tatuar dois ao mesmo tempo já que o meu tempo é escasso. Mas me conformo com minhas limitações de ser humano destro e mexo e remexo nos meus horários para coincidir com os das pessoas e finalmente marco o trabalho. "Porra que máximo! Vou tatuar dois essa semana. Um na quinta e outro no sábado." Espalho a notícia, afinal tenho que mostrar que eu realmente estou me dedicando a isso. E além do mais, gosto de ter trabalho pra fazer. Daí desmarcando e remarcando os meus compromissos para dar tudo certo com as tattoos, recebo a 1ª notícia pelo orkut: "Aborta a missão irmã, não vou poder no sábado. Depois explico." Meu corpo broxou. Mas tudo bem, bola pra frente. Tenho ainda mais uma pessoa para tatuar no dia seguinte.

Dia seguinte, fico o dia todo tentando ligar para a pessoa na tentativa de CONFIRMAR a tattoo. Não queria mais uma missão abortada, senão eu iria ter um aborto. E olha que eu nem to grávida. Tento ligar o dia todo do meu trabalho. Não consigo. Saio do trabalho batida pro estúdio. Quando chego lá, continuo tentando ligar, e nada. Surge a primeira pergunta: "E ai Bárbara, vai tatuar hoje?" "É estava marcado, estou tentando confirmar." E nada de eu conseguir confirmar. Tento matar o tempo pintando um desenho que tinha feito. Até que percebi que eu realmente não iria tatuar naquele dia.

Como todas as mulheres, ou pelo menos a maioria que "tomam um toco", desejei boa noite a todos, comprei quatro barras de chocolates e fui comendo pelo caminho de volta pra casa.

E foi assim que aconteceu comigo. Os primeiros "tocos" no mundo da tattoo que só fizeram almentar a minha vontade de tatuar.

Agora é esperar a próxima!

Bárbara Sylvia - Mega Wartz

Bárbara Sylvia - barbara.sylvia@yahoo.com.br
Mega Wartz Tattoo - R. Joaquim Silva, 24 Lapa / R. do Riachuelo, 224, B. de Fátima / (21) 2509-4401 e 2221-9656

Por Bárbara

É com grande alegria que apresentamos Bárbara Sylvia, leitora há alguns meses que a partir de agora entra para o time do blog A Tattoo.

Bárbara está em fase de aprendizado na tatuagem e no estúdio carioca Mega Wartz Tattoo aprimora seus conhecimentos com a ajuda de Hélida Yamaguchi (Cunhada), Mineiro e Kaco no Mega Wartz 1, na Lapa, e Sylvio Freitas (irmão) e Derley no Mega Wartz 2, no Bairro de Fátima. Também em fase de aprendizado está o Marcos, colega de Bárbara e aprendiz dos tatuadores citados. Na faculdade Bárbara desenvolve seu trabalho de monografia sobre tatuagem.

E porque a Bárbara decidiu participar do A Tattoo?
Eis a resposta: "Eu gostaria de fazer um pouquinho mais que um trabalho de faculdade (que por sinal está difícil de sair, mas vai sair). Eu gostaria de escrever sobre o que eu estou estudando."

Desejamos muito sucesso em sua carreira e aguardamos ansiosos cada texto. Inicialmente com publicação quinzenal. Desde já deixamos nosso agradecimento e portas abertas às iniciativas como a coluna assinada Por Bárbara.